Cozinha Bruta https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br Comida de verdade, receitas e papo sobre gastronomia com humor (bom e mau) Mon, 13 Dec 2021 21:07:14 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 A pizza ‘artesanal’ da Seara e outras mentiras da indústria de alimentos https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/08/29/a-pizza-artesanal-da-seara-e-outras-mentiras-da-industria-de-alimentos/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/08/29/a-pizza-artesanal-da-seara-e-outras-mentiras-da-industria-de-alimentos/#respond Sat, 29 Aug 2020 05:00:19 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/PizzasCalabreseGourmetd-320x213.png https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=2436 Engodo. Enganação. Caô. 171. No idioma marquetês, storytelling, narrativa, construção de marca, posicionamento de mercado. A indústria de alimentos tem mil ardis para passar a perna em nós, otários consumidores.

Somos feitos de idiotas em todas as etapas da cadeia –desde a formulação dos ingredientes, na fábrica, até a exposição do produto no ponto-de-venda.

Para a primeira situação, podemos usar de exemplo os sucos de fruta “sem adição de açúcar” –expressão que consta nos rótulos das bebidas industriais que se disfarçam de saudáveis. Mas são doces que até dói o dente, né?

Ficam assim porque o “não-açúcar” adicionado é suco de maçã depurado até perder o caráter “maçânico” e concentrado até ficar quase só… açúcar.

Já o posicionamento dos produtos na gôndola é jogo combinado entre os times do varejo e as equipes de vendas da indústria.

Não é preciso ter MBA para perceber que existe um plano em colocar perto do caixa do supermercado os doces mais ordinários, coloridos em tons radioativos, embalados de super-heróis ou princesas.

O sortimento de açúcar fica exatamente ao alcance das mãos entediadas da criança na cadeira do carrinho. O fedelho aturou as compras estoicamente, agora quer a recompensa; para evitar chilique infantil, o adulto culpado cede e compra uma porcaria doce qualquer.

Uma forma um pouco mais sofisticada de enrolação é o tal do storytelling –em inglês, conversa mole para boi dormir.

Ficou famoso o caso do picolé Diletto: a marca inventou um “nonno” italiano que fazia sorvete com neve (!!!) para dar algum charme ao produto da fábrica em Cotia, nos Alpes Osasquenses.

Agora a Seara surge com uma linha de pizzas pretensamente artesanais. Não custa lembrar que ela é uma marca da JBS, conglomerado industrial que, no noticiário, oscila entre o caderno de negócios e as reportagens sobre escândalos de corrupção.

A própria Seara, não faz tanto tempo assim, trouxe o chef italiano Cesare Giaccone para vender lasanha congelada de caixinha.

Giaccone é um nome respeitado da gastronomia italiana, com seu restaurante numa vila do Piemonte, terra de trufas e de vinho espetacular. Foi apresentado na campanha como “especialista em lasanha”.

O tiozinho deu uma garfada do negócio e fez joinha para Fátima Bernardes. Com o cachê que embolsou, endossaria até ravióli de cocô. Talvez não soubesse o tamanho do mico que estava pagando –convencido pelo publicitário que foi tomar barolo em Albaretto e ficou extasiado com o próprio insight.

É forçoso admitir que a tal pizza “artesanal”, em comparação com outras comidas de supermercado, representa um salto de qualidade. A massa só tem farinha, água, fermento e sal. O único aditivo do molho é ácido cítrico, que já vem no tomate enlatado. O queijo parece ser queijo de verdade.

Mas os gênios de propaganda e marketing precisam extravasar o excesso de talento. Carimbaram: “artesanal”, o mais vilipendiado adjetivo da alimentação. Impossível ser artesanal algo produzido pela Seara para o Carrefour e o Pão de Açúcar.

A JBS mente outra vez.

Faixa-bônus que não coube na coluna impressa: a pizza “artesanal” de calabresa, como você pode ver na foto, é rotulada como “calabrese”, com “e” no final. Sim, a palavra quer dizer “calabresa” (natural da Calábria) em italiano. Não, essa palavra não é sinônimo de linguiça na Itália. Não, não existe o sabor de pizza “calabrese” na Itália. com linguiça em rodelas e cebola.

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Pizza do Subway parece sabotagem industrial https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/07/16/pizza-do-subway-parece-sabotagem-industrial/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/07/16/pizza-do-subway-parece-sabotagem-industrial/#respond Thu, 16 Jul 2020 18:13:36 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/subway.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=2336 Inacreditável é a palavra.

Nenhuma outra descreve precisamente a pizza do Subway, que viralizou estes dias nas redes sociais.

Feia, murcha, pálida, muxibenta, macilenta, repulsiva, desajeitada, mesquinha. Todos adjetivos que se aplicam à tal pizza, mas nenhum com a precisão de inacreditável ou incrível.

Porque não dá para crer que uma empresa do tamanho do Subway –segundo a Wikipédia, a maior rede de restaurantes do mundo, e a Wikipédia não mente, né?– colocasse à venda um produto tão tosco e mal-acabado.

De tão bizarro, parece sabotagem industrial. Sei que não é. Imagino que não seja. Deve ser um episódio agudo de falta de noção corporativa. Mas que parece sabotagem, parece.

A foto que viralizou na terça fez com que a companhia pedisse desculpas pelo mau jeito. Dizer que a pizza retratada não correspondia aos padrões de qualidade Subway.

Quando você olha o site deles, porém, percebe que a pizza feiosa não difere tanto das fotos que a própria lanchonete publica como referência.

São as imagens de mock-up menos sedutoras já veiculadas pela indústria alimentícia. Nelas, é possível ver que a massa é branca e morta como os discos de pizza à venda no supermercado. Que o recheio é, numa visão otimista, econômico.

 

Pizza anunciada no site do Subway – Divulgação

O que essas fotos não mostram é a relação de tamanho entre a pizza e a caixa da pizza. Nos flagrantes dos infelizes compradores, vê-se que o alimento tem espaço de sobra na caixa –como uma top model dentro da fralda de um lutador de sumô.

Eu encaro quase qualquer pizza, bonita ou feia. A pizza mais feia que eu já comi foi numa parada rodoviária em Campos dos Goytacazes. Mas a do Subway ganha. Até pizza de cantina escolar fala mais ao estômago.

Eu queria prová-la para verificar se o sabor condiz com a aparência. Tentei, até.

Fui à única loja do Subway aqui em Ubatuba, onde estou morando por um tempo. Perguntei da pizza. A moça respondeu que só sábado. A equipe estava em treinamento para aprender a fazer pizza.

Oremos.

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Receita: a melhor pizza de frigideira possível https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/07/10/receita-a-melhor-pizza-de-frigideira-possivel/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/07/10/receita-a-melhor-pizza-de-frigideira-possivel/#respond Fri, 10 Jul 2020 17:33:00 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/pizzafrigideira.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=2316 Um dos meus hobbies é fazer pizza. Adoro testar receitas e, espero, tenho melhorado meu desempenho ao longo dos anos. Meus posts mais velhos estão defasados, lamento dizer. Mas ainda dão para o gasto. Hoje vou publicar uma experiência bem mais recente –de ontem, para ser exato.

A necessidade é a mãe do engenho, diz o velho ditado. Estou isolado na casa de um amigo na praia. Descobri que o forno está funcionando às meia-bomba. Mas trouxe um saco de 5 quilos de farinha. Não iria desistir de fazer pizza.

O jeito foi aperfeiçoar um método de fazer a pizza totalmente na frigideira, sem passagem pelo forno.

Você vai precisar de uma frigideira de ferro fundido. Deve dar para fazer na antiaderente. Não testei. Se você for testar, use uma espátula de silicone para não arranhar o fundo.

Comece pelo menos duas horas antes da refeição. A massa é a parte mais importante.

Eu costumava usar farinha italiana do tipo 00, mas os tempos estão difíceis demais para tamanho luxo. Use uma boa farinha nacional. Para meio quilo de farinha, meio envelope de fermento biológico seco. Misture bem e junte uma colher (chá) rasa de sal.

Você pode hidratar a massa de 60% a 75%. Quanto mais hidratada, mais grudenta e difícil de manusear. E mais macia no final, também. Para os principiantes, eu sugiro 300 ml de água para 500 g de farinha.

Misture a água aos poucos, até obter uma massa homogênea. Não precisa sovar. Deixe descansar e crescer, coberta por um pano úmido.

Depois de uma hora, dobre a massa sobre si mesma algumas vezes –isso estica as cadeias de proteína, criando os tais alvéolos de CO2 na massa. Enfarinhe as mãos para essa tarefa, se não quiser que grude tudo.

Repita a operação a cada 15 minutos, até onde sua paciência aguentar. O ideal é deixar a massa fermentar um dia todo, mas duas horas já dão um resultado aceitável. Se for fazer a fermentação longa, é claro que as dobras podem ser mais espaçadas.

Na hora de fazer a pizza, deixe tudo pronto. Faça um molho simples, de tomates (frescos ou em lata) triturados com sal (e alguma erva, se quiser). Corte uma boa mozarela em cubos.

Aqueça a frigideira por 3 minutos, em fogo alto.

Abra a massa com as mãos, numa superfície enfarinhada (para fazer menos sujeira, costumo usar o prato em que a pizza será servida). Pegue uma bola do tamanho de uma laranja grande. Esmague-a sobre a farinha e vire, para trabalhar o outro lado sem grudar na mão.

Faça movimentos concêntricos, esticando a massa e deixando as bordas ligeiramente mais altas.

Quando tiver um disco mais ou menos do diâmetro da frigideira, coloque-o sobre a superfície quente. A massa vai começar a crescer e fazer bolhas, mas é o nariz que vai dizer a hora de agir: quando começar a sentir cheiro de queimado, diminua o fogo para o nível mínio e vire o disco de pizza.

A parte voltada para cima agora tem pontos queimados, como as “manchas de leopardo” causadas pelo chão do forno a lenha. Disponha o molho e o queijo sobre a massa, deixando a bordas livre.

Tampe a frigideira e espere o queijo derreter. Se começar a queimar o fundo, remova do fogo até a frigideira esfriar, depois retorne ao calor.

O mesmo vapor que derrete o queijo vai amolecer um pouco a borda da pizza, que não será tão crocante.

Esta é, porém, a melhor receita de pizza de frigideira que eu já fiz até agora. Por isso, gostaria de compartilhá-la com vocês neste dia da pizza.

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No apocalipse da Covid-19, só vão sobrar o hambúrguer e a pizza https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/05/28/no-apocalipse-da-covid-19-so-vao-sobrar-o-hamburguer-e-a-pizza/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/05/28/no-apocalipse-da-covid-19-so-vao-sobrar-o-hamburguer-e-a-pizza/#respond Thu, 28 May 2020 12:31:22 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/nomaburger.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=2220 – Galeteria Imperador do Poleiro, boa noite.

– Boa noite, eu gostaria de encomendar dois galetos e uma porção de farofa, por favor.

– Infelizmente não será possível. O galeto está em falta.

– Uma picanha, então.

– Desculpe, senhor, mas não estamos servindo carnes durante a epidemia de Coronavírus.

– O que vocês podem me entregar?

– Pizza. Mais de 20 sabores.

– Que mais?

– Contratamos um chapeiro ontem. Agora também fazemos hambúrguer.

– Nada diferente disso?

– Temos ainda a pizza de hambúrguer. E o hambúrguer à pizzaiola.

 

Enquanto a pandemia avança, e os restaurantes –com os salões fechados há mais de dois meses– perdem fôlego, transcorre a devastação silenciosa da variedade gastronômica brasileira.

Compreensivelmente, os cardápios foram reduzidos para simplificar a operação, enxugar custos e aumentar a eficiência do sistema de entrega de comida –o único possível neste momento.

À medida que cresce o desespero, muitas casas têm radicalizado ainda mais. Restaurantes italianos chiques (como o Evvai) deslocam o foco para as pizzas, enquanto outras casas passam a servir hambúrgueres.

Pizza e hambúrguer são dois clássicos da comida de entrega e, sobretudo, operações de baixíssima complexidade com margem particularmente alta.

Ambos os modelos de negócio, entretanto, demandam uma venda volumosa para que o faturamento pague as contas. Aí está o risco da aposta dos restaurantes: será que os clientes vão se comportar como eles esperam?

Outro estrago colateral é a saturação dos nichos de pizza e de hambúrguer, que pode contaminar estabelecimentos tradicionais nessas especialidades.

Parece que o all-in do ramo da alimentação é um fenômeno global, já que até o übermegabadalado Noma, de Copenhague, passou a oferecer um hambúrguer no cardápio.

Esperemos que a tática funcione para manter o setor respirando. Ainda assim, o dano na gastronomia será avassalador e de difícil recuperação.

Aliás, múltiplos e-mails me avisam que hoje é o Dia do Hambúrguer. Um efusivo parabéns a você, hambúrguer!

Como diz a cantora Kátia, não está sendo fácil.

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Pizza do delivery é sempre comida de segunda categoria https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/03/02/pizza-do-delivery-e-sempre-comida-de-segunda-categoria/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/03/02/pizza-do-delivery-e-sempre-comida-de-segunda-categoria/#respond Mon, 02 Mar 2020 23:04:54 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/pizzaprovolone-320x213.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=2067 Pedir pizza por telefone é tão anos 80!

A declaração é de um diretor de marketing da Domino’s Pizza, uma das maiores redes de fast-food do mundo, e foi publicada no blog Inteligência de Mercado, aqui mesmo na Folha.

O intuito do executivo era dizer que o jeito “certo” de pedir pizza hoje em dia é on-line, pelo aplicativo da marca. Faz sentido. Eu evito ao máximo o contato com outros humanos quando peço entrega de comida. E, por escrito, fica o pedido registrado –reduzindo na chance de acareações constrangedoras caso a encomenda não chegue a contento.

Agora, para falar bem a verdade, eu sempre impliquei com pizza para viagem. Não importa a tecnologia, se é aplicativo, telefone ou buscar a pé ali na esquina. A pizza levada para casa é sempre terrivelmente inferior àquela comida na pizzaria. Segunda categoria.

O ideal é mandar a pizza para dentro assim que ela sai do forno. Massa crocante, queijo ainda bem derretido, tudo nos conformes. O tempo entre a pizza ficar pronta e ela chegar à sua casa –raramente menos do que meia hora– é fatal.

As coisas esfriam e, dentro da caixa de papelão, o vapor da própria comida deixa a massa meio molenga. Você pode ressuscitar a pizza com uns minutinhos de forno ou frigideira, mas não é a mesma coisa. Pizza requentada tem um gosto próprio, indisfarçável.

Para piorar, existe um hábito enervante arraigado entre os entregadores: o grau (empinar a moto). Metade das pizzas que eu pedi na vida chegaram com o recheio todo em uma das metades do disco.

Dito tudo isso, entendo perfeitamente que sou voto vencido.

A entrega de pizza é uma preferência universal, não adianta eu espernear. Fui tragado por essa tendência e vou dizer que tudo bem,, beleza: uma pizza meia-boca é sempre melhor do que nenhuma pizza.

Fora que o ambiente default das pizzarias, com luz forte e branca e o ruído das mesas familiares, é deprimente.

Foi por isso que, para comer pizza fresca, quentinha e recém-saída do forno, eu aprendi a fazer a maledetta do zero, em casa. Minhas dicas para uma pizza caseira bem decente estão aqui.

E, quando for pedir pizza para entrega, lembre-se: não vale a pena gastar muita grana com pizzarias gourmet, hipster ou o escambau a quatro. O que vai chegar à sua casa não valerá a despesa.

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Volta pelo Brasil em 80 restaurantes e bares de São Paulo https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/01/23/volta-pelo-brasil-em-80-restaurantes-e-bares-de-sao-paulo/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2020/01/23/volta-pelo-brasil-em-80-restaurantes-e-bares-de-sao-paulo/#respond Thu, 23 Jan 2020 14:33:01 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/banzeiro-320x213.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=1985 No aniversário da cidade, resolvi fazer um pequeno roteiro para moradores e visitantes conhecerem a rica cena da cozinha brasileira em São Paulo –que, apesar dos pesares, tem a melhor gastronomia do país. Aproveite!

 

Pratos que definem a alma paulistana

 

  1. O filé com alho frito do Moraes.
  2. A pizza frita do Bruno.
  3. O polpetone do Jardim de Napoli.
  4. O filé alpino da Caverna Bugre.
  5. O bife à parmegiana do Degas.
  6. O virado à paulista do Salada Record.

 

Um resumo da culinária clássica de São Paulo, com muito capricho

 

  1. Bar da Dona Onça.

 

Praça de alimentação com tudo o que vem do Nordeste

 

  1. Centro de Tradições Nordestinas.

 

Petiscos, beliscos e sandubas clássicos

 

  1. A coxinha do Frangó.
  2. Os bolinhos de carne da dona Idalina, do Bar do Luiz Fernandes.
  3. Os acepipes do Elídio.
  4. A batata na serragem (envolta em farofa de alho) do Valadares.
  5. O sanduíche de pernil do Estadão.
  6. A empada da Casa Godinho.
  7. O pastel da Yokoyama.
  8. O sanduba de mortadela na chapa da Casa da Mortadela
  9. O canapé do Bar Léo.
  10. O pão de queijo do couvert do Rubaiyat.
  11. O peixe frito do Bar do Luiz Nozoie.
  12. O bolinho de arroz do Ritz.

 

Um empório da roça na Vila Madalena

 

  1. Lá da Venda.

 

Porco total à moda caipira

 

  1. Casa do Porco.

 

Feijoada todo dia, sim senhor

 

  1. Star City.
  2. Bar do Biu.
  3. Bolinha.

 

Comida dos imigrantes na Mooca profunda, meô!

 

  1. Hospedaria.
  2. Di Cunto.

 

O Amazonas é aqui, com direito a formiga na comida

 

  1. Banzeiro.

 

Banquete sertanejo para comer até morrer

 

  1. Galinhada do Bahia.

 

Para entender a tradição da pizza paulistana

 

  1. Castelões.
  2. Speranza.
  3. São Pedro.
  4. Bráz.

 

Comida mineira e cachacinha… só falta a rede para dormir depois

 

  1. Consulado Mineiro.

 

O curioso cruzamento entre as cozinhas japonesa e paraense

 

  1. Lamen Açu.

 

 

Bufê caprichadão em pontos turísticos de SP

 

  1. Santinho (Museu da Casa Brasileira, Instituto Tomie Ohtake e Theatro Municipal).

 

Uma casa do sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte

 

  1. Jesuíno Brilhante.

 

O lugar que tornou a cozinha do Nordeste mundialmente famosa

 

  1. Mocotó.

 

Bahia que não me sai do pensamento 

 

  1. Sotero.
  2. Tabuleiro do Acarajé.

 

Galeto, vingrete, farofa e polenta como antigamente

 

  1. Brazeiro.

 

O improvável combo: frango à passarinho + pizza de massa fina

 

  1. Camelo.
  2. Monte Verde.

 

Clássicos de todo o Brasil com pompa e circunstância

 

  1. Tordesilhas.
  2. Dalva e Dito.

 

(Intervalo para o recado do nosso patrocinador. Siga e curta a Cozinha Bruta nas redes sociais.  Acompanhe os posts do Instagram, do Facebook  e do Twitter.)

 

Onde a velha guarda das cantinas paulistanas sobrevive

 

  1. Gigio.
  2. Roperto.

 

O Piauí muito bem representado

 

  1. Fitó.

 

Mega-padoca 24 horas, essa coisa tão paulistana

 

  1. Bella Paulista.
  2. Galeria dos Pães.

 

Hambúrguer old school de São Paulo, onde o chapeiro é majestade

 

  1. Seu Oswaldo.
  2. Achapa.
  3. Burdog.
  4. Oregon.
  5. Hobby.

 

Compêndio da culinária sulista, com pratos do Paraná, Santa Catarina e rio Grande

 

  1. Quintana.

 

Vale do Jequitinhonha, onde a Bahia encontra Minas Gerais

 

  1. A Baianeira.

 

Churrasco tão gaúcho que é quase argentino (ou uruguaio?).

 

  1. Leôncio.
  2. El Pampero.

 

Chapada Diamantina sem gastar a sola da bota

 

  1. Casa de Ieda.

 

A inusitada culinária nipo-sul-matogrossense

 

  1. Sobaria.

 

A farta mesa dos colonos italianos da Serra Gaúcha

 

  1. Galeto di Paolo.

 

Cardápio pan-brasileiro com criatividade

 

  1. Jiquitaia.
  2. Balaio IMS.
  3. Arimbá.
  4. Mandioca Cozinha.
  5. Vista.
  6. Micaela.

 

Pizza de balcão é SP na veia

 

  1. Real.
  2. Palmeiras.

 

Carne na brasa sem frescura e sem miséria

 

  1. Sujinho.
  2. Esquina Grill do Fuad.

 

Um posto avançado do Rio no lado oposto da via Dutra

 

  1. Pirajá.

 

Ceará, camarão e ar-condicionado

 

  1. Coco Bambu.

 

Se você não vai ao Pará, o Pará vem até você

 

  1. Amazônia.
  2. Amazônico.

 

Tradição cantineira renovada e o melhor pão italiano

 

  1. Basilicata.

 

Enfim… aqueles que não poderiam faltar

 

  1. O bauru do Ponto Chic.
  2. O sanduíche de mortadela do Bar do Mané.
  3. O pastel de bacalhau do Hocca Bar.
  4. Bar Brahma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Pizza do Rio é tão boa quanto a paulistana https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/11/27/pizza-do-rio-e-tao-boa-quanto-a-paulistana/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/11/27/pizza-do-rio-e-tao-boa-quanto-a-paulistana/#respond Wed, 27 Nov 2019 15:44:42 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/pizzario-320x213.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=1864 Na condição de paulistano residente há seis meses no Rio, já me sinto confortável para dizer: a pizza daqui é tão boa quanto a de lá.

A paulistada pode pedir meu escalpo, mas não tem como fugir da realidade. Não aconteceu nada de excepcional no universo das pizzas, apenas um fenômeno muito banal: o desenvolvimento da gastronomia em outras praças tirou de São Paulo o distintivo de guardião único da boa comida no Brasil. Falta ao paulistano assimilar o golpe e entender que, no fim das contas, essa mudança é boa para todo mundo.

Vamos ao caso particular da pizza.

Até o final do século passado, a cidade de São Paulo brilhava sozinha na pizzalândia brasileira. Foi para lá que acorreu a maior parte dos imigrantes napolitanos –em outras partes, como a Serra Gaúcha, o afluxo de italianos ficou restrito às pessoas do norte, principalmente do Vêneto.

São Paulo desenvolveu uma cultura própria de pizza e cresceu até se tornar uma das maiores cidades do mundo. É natural que a gastronomia ítalo-paulistana, incluindo a pizza, tenha se destacado no cenário nacional.

Enquanto isso, o resto do Brasil simplesmente não se importava com pizza. Em especial no Rio, onde as raízes coloniais portuguesas ainda são dominantes, ela era apenas mais um quebra-galho para matar a fome de forma rápida e barata. Mais um salgado de casa de sucos. E põe ketchup, porque a bagaça é seca!

Não vou gastar muito verbo para descrever as transformações sociais e tecnológicas das últimas duas décadas. O trânsito livre e imediato da informação afetou profundamente a gastronomia.

Pizza não é muito mais que pão. Não tem segredo algum. Qualquer um, em qualquer lugar do mundo, pode fazer uma excelente pizza. É o que está ocorrendo neste momento: a boa pizza deixou de ser exclusividade de Nápoles, São Paulo, Nova York e Buenos Aires. Está em Tóquio, Dubai, Salvador, Bogotá, Cairo, Lisboa, Juiz de Fora e até no Rio de Janeiro.

A internacionalização da pizza também atingiu os centros tradicionais, como São Paulo. Isso nivela ainda mais as coisas.

Quanto ao Rio, ele leva uma vantagem nesse cenário novo: atrai uma nova geração de imigrantes, bem mais qualificada do que os pioneiros. Caso do novaiorquino Sei Shiroma, que montou aqui a ousada e hypada Ferro e Farinha. Ou do romano Bruno de Nicola, que assa pizzas tradicionais no Pastificio di Bella, em Copacabana, e trabalha como instrutor. Graças a ele, a pizza de estilo napolitano chegou a lugares antes impensáveis, como Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Minha pizza favorita no Rio está na Ella, uma casa no Jardim Botânico montada pelo chef Pedro Siqueira, do vizinho e premiado restaurante Puro. Na minha opinião, a Ella faz pizzas melhores do que as da Carlos, de São Paulo –e olha que eu assinei o texto sobre o lugar na edição mais recente do Melhor de São Paulo, em que a Carlos foi campeã de sua categoria.

A pizza do Rio guarda algumas poucas gratas surpresas, como os brotinhos da rotisseria La Veronese, em Ipanema. Baratos, servidos no balcão para se comer em pé, eles trazem um molho de tomates frescos imbatível, de sabor caseiro.

A pizza tosca, da casa de suco, ainda existe. Os cariocas ainda põem ketchup nela. Mas existem também as filiais cariocas de boas pizzarias paulistanas, como a Bráz e a Camelo.

E aqui no Rio eu encontrei algo que nunca vi em território paulista: a pizza de padaria excelente e barata. Está na Nema, em Ipanema, tem fermentação natural, é assada em forno a lenha, vale um almoço e custa meros 15 reais. Toma essa, São Paulo!

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As atrocidades que os italianos cometem contra a pizza https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/as-atrocidades-que-os-italianos-cometem-contra-a-pizza/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/as-atrocidades-que-os-italianos-cometem-contra-a-pizza/#respond Wed, 06 Nov 2019 13:40:19 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/pizzalsicha-320x213.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=1835 Quando se trata de comida, o italiano é uma gente muito cricri. Falo com a autoridade de quem é filho da dona Ana Bertoni –que tem sangue 50% napolitano, 50% vêneto e 110% cricri.

O italiano desconhece meios-termos. Ou a comida é ótima (a da mãe dele, a da aldeia dele) ou é um crime contra a gastronomia (todo o resto).

Quem vê pensa que tudo na culinária italiana obedece com rigor aos preceitos da tradição e da excelência. Não é bem assim.

Os italianos são os reis da autopromoção. Os napolitanos –que inventaram a pizza moderna, há de se admitir– criaram uma certificação de autenticidade com um sem-número de regras e minúcias. Passam a impressão de que só a pizza napolitana pode ser excelente. Simultaneamente, deixam no ar uma pegadinha: a ideia de que toda pizza feita em Nápoles é maravilhosa.

Pois bem.

Uns tempos atrás, fui a um evento de pizza napolitana na Leggera –possivelmente a melhor casa da especialidade em São Paulo. Lá conheci o italiano Antonio Maiolica, do Antonietta Cucina, um dos chefs convidados.

Maiolica nasceu em Salerno, nas proximidades de Nápoles. Conversa vai, conversa vem, ele me diz que quase toda pizzaria napolitana oferece o sabor salsicha com batata frita. É, em tese, para agradar às crianças. Mas tem muito adulto que mangia.

Pensei: “Ah, vá!” Depois fui verificar.

Não apenas as pizzarias todas fazem a tal “wurstel e patatine” como também mandam ver na Nutella sobre o disco de massa. A rede Cracco –famosa pelos preços absurdos e pelas receitas “saudáveis” com farinhas integral e de milho– tem uma pizza de Nutella, linguiça e batatatinha. Uma freguesa pediu essa atrocidade, eles acharam divertido e mantiveram o sabor no cardápio como provocação.

Resolvi escrever este texto depois de ler, na Folha, o depoimento de Giuliano Orlando, imigrante napolitano em São Paulo. Ele conta, entre outras coisas, que demorou para admitir que a pizza paulistana é ótima.

O fato é que alguns absurdos que a gente pensa existirem só aqui também ocorrem na Itália. Dois deles: a borda recheada e a pizza de frango. Mas lá não tem catupiri. Ê, Itália!

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O que é bruto e o que é tosco na gastronomia https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/08/07/o-que-e-bruto-e-o-que-e-tosco-na-gastronomia/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/08/07/o-que-e-bruto-e-o-que-e-tosco-na-gastronomia/#respond Wed, 07 Aug 2019 12:56:20 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/bode-320x213.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=1645 Das críticas que recebo de leitores, no blog ou nas redes sociais, a mais comum é: não sou bruto o bastante. Acusam-me de afrescalhado, de besta e até de gourmet.

Há um ruído de comunicação e, evidentemente, a culpa é do emissor. Eu não fui claro o bastante na minha definição de bruto. Basicamente, bruto não é a mesma coisa que tosco. Eu me recuso a ser tosco: quero comer comida boa e falar de comida boa.

Vou tentar ser mais claro ainda. Seguem, portanto, algumas premissas que me fazem diferenciar o bruto do tosco.

 

  • O tosco nem sempre é bruto. Pense em um prato sofisticado que deu terrivelmente errado. Ou em qualquer coisa com azeite trufado.
  • O bruto não precisa ser tosco. Um excelente exemplo é a kafta de bode na brasa, servida com nata azeda pela equipe do restaurante recifense Cá-Já no Festival Fartura.
  • Exageros são uma coisa bruta e tosca. O que me vem à cabeça é o sanduíche de mortadela do Mercadão de São Paulo. Ou algumas pizzas paulistanas que levam quilos de queijo por cima.
  • Comida malfeita é sempre tosca, às vezes tosca e bruta. Nessa categoria, estão a cozinha de muitos botecos e quase tudo da fast food popular. Isso não me interessa.
  • Animais assados inteiros são sempre brutos, em mais de um sentido –inclusive no meu favorito, que é o bruto em oposição ao burilado. Podem também ser terrivelmente toscos, como uma aberração chamada porco pizza, em que o suíno faz papel de massa de pizza e recebe trocentas coberturas.
  • A alta cozinha também é bruta de vez em quando. Steak tartar é uma comida bruta. Escargot também. O canard à la presse, receita francesa em de pato com o molho de seus ossos triturados, é o cúmulo da cozinha bruta.
  • A fronteira entre o bruto e o tosco quase sempre está no talento e no bom-senso de quem cozinha. Uma pequena derrapada aqui, e ali o bruto se transmuta em tosco.

Claro que isso tem muito de subjetivo. Você tem todo o direito de discordar e, sim!, descer o malho em mim nas redes sociais.

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Já entreguei pizza nos EUA: quero um consulado https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/07/20/ja-entreguei-pizza-nos-eua-quero-um-consulado/ https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/07/20/ja-entreguei-pizza-nos-eua-quero-um-consulado/#respond Sat, 20 Jul 2019 05:00:01 +0000 https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/pizza5-1-320x213.jpg https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/?p=1622 Não sou nenhum 03, devo admitir. Nunca fritei hambúrguer nos Estados Unidos, no frio do Maine. Aliás, nunca fritei um hambúrguer. Todos os que eu preparei na vida eram grelhados ou chapeados.

Não venho pedir a embaixada norte-americana –até porque o Dudão já está esquentando a cadeira. Mas tampouco sou um desqualificado total. Vou apresentar minhas credenciais internacionais.

Porque eu sou apto, segundo os critérios correntes, a chefiar um consulado em Nova York ou Los Angeles.

Eu já entreguei pizza na gringa. E foi na Califórnia –estado que, vamos combinar, lacra muito mais do que as geleiras da Nova Inglaterra.

Fui um péssimo entregador de pizza. Talvez o pior que já tenha passado por San Leandro, a São Caetano da baía de São Francisco.

Mas pelo menos a minha pizzaria vendia pizzas. Não era como a lanchonete em que o Dudu fritava hambúrguer, que só trabalha com frango e camarão. Isso conta um ponto ao meu favor, presumo.

Eu era o típico garoto mimado de classe média. Vinte e um aninhos de pura arrogância. Não fazia a menor ideia de como me portar num emprego quase braçal.

Quando o gerente me apresentou o esfregão para limpar o chão da loja, eu o olhei com cara de pasmo. “Vocês não têm isso no seu país?”, perguntou o sujeito. E eu respondi, do alto da minha empáfia: “Ter, até tem, mas eu nunca encostei em um.” Ele revirou os olhos e foi fazer o que tinha para fazer.

Óbvio que não poderia dar certo. Desatento e desleixado, eu sempre esquecia de levar o refrigerante para o cliente. Foram muitas as vezes em que eu comprei Coca-Cola com meu próprio dinheiro –o objetivo era não levar um sabão merecido quando voltasse à pizzaria.

Meu American dream terminou quando fundiu o motor do carro que eu comprei para entregar pizza. Era um Ford Capri 1979 (estávamos em 1992) e, claro, a culpa do incidente foi toda minha. Eu não sabia o que era trocar o óleo, coisa que meu pai fazia para mim no Brasil.

Pai por pai, o Eduzão também tem um que zela para caramba por ele. Mas o garoto tem proatividade e é um cidadão de bem. Duvido que tenha sido o playboyzinho que eu fui na Califórnia. Afinal, é preciso ter caráter reto para encarar o frio glacial do Maine.

Voltemos ao meu pleito. A experiência internacional me ensinou a ter alguma vergonha na cara. Aprendi até a usar o tal esfregão!

Falo inglês, me viro perfeitamente no portunhol e tenho pleno domínio do italiano. Só da linguagem gestual, mas guardo um ás na manga: falo também o dialeto mooquense, o que zera qualquer ruído de comunicação na Itália.

Assim, se sobrar um carguinho em Roma, Milão, Buenos Aires ou Tegucigalpa, me avisem. E sempre teremos Lisboa, pois, afinal, falo português fluente.

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