Comida de aeroporto nos lembra de que aviões podem cair

Meu voo decolava às 13h. Cedo demais para sair de casa almoçado. Pousava às 14h30. Tarde demais para almoçar no destino. Ainda mais quando o destino é Brasília. E me recuso a pagar pelo misto frio do serviço de bordo.

Não me restavam alternativas.

Ao sair da inspeção de bagagem e chegar ao embarque de Congonhas, topei com um Pizza Hut bem no meio do saguão. É rápido. Tem carboidratos. Seja o que Deus quiser.

As opções se limitavam a dois ou três sabores de pizza. E lasanha. A pizza, eu já sabia que era ruim. A lasanha, ainda não. Fui de lasanha e fiquei sabendo.

A comida servida nos aeroportos é ruim e cara porque pode ser ruim e cara. Para o cliente confinado, a alternativa é a fome.

A gastronomia aeroportuária nos lembra de que aviões podem cair. Porque é uma amostra de que os serviços relacionados à aviação visam somente o lucro máximo.

Conforto? Qualidade? Só o que a planilha permitir. Se conseguir baixar esse investimento, o bônus sobe. Espero que haja um pouco mais de generosidade na verba destinada à manutenção das aeronaves.

Pense nisso na próxima vez em que estiver à espera do embarque na companhia de um café queimado e um pão de queijo frio, adquiridos por R$ 20.