7 perigos do quiosque de praia
1. O limãozinho da lula frita
Lula, isca de peixe, camarão. Os petiscos praianos vêm sempre com um limãozinho ao lado para dar aquela temperada extra. Fica ótimo. Mas aí você já tomou todas e se esquece de tomar cuidado ao manipular o tal limão. Volta para casa com a pele toda manchada, parecendo uma vaca malhada.
2. O óleo ancestral
Óleo velho, queimado e fedorento é um clássico do bar de praia. A batata frita tem gosto de camarão. O frango à passarinho tem gosto de manjuba. O peixe tem gosto de lubrificante de carro. E os caras também não acertam na temperatura da fritura: fica tudo encharcado. Haja cerveja para descer.
3. A cerveja ensolarada
Os quiosques de praia não costumam ter muita estrutura, muito menos um estoque refrigerado. A cerveja fica ao sol enquanto espera para entrar no isopor imundo cheio de gelo suspeito. Estraga, ora. Cerveja danificada pelo sol só fica pior quando não está gelada o bastante.
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4. A conta no lápis
Você fica das 10h às 16h na praia, toma um caminhão de cerveja e pede todas as porções do cardápio. Aí pede a conta. Ela vem rabiscada a lápis, ilegível, num papel pardo todo engordurado. Mas tem maquininha de cartão que vêm à sua cadeira. Você paga sem chiar porque, àquela altura, o mundo poderia acabar num barranco. A dor chega junto com a fatura do cartão.
5. O banheiro (ou a ausência de um)
Havia um boteco que eu adorava numa praia em Ubatuba. Ele tinha um grave problema: nada de banheiro. O xixi era no banho de mar. Ok no verão, inviável no inverno. Mas o que mais me incomodava era pensar em como os funcionários se viravam. Se bem que o mar costuma ser bem mais limpo do que os banheiros de quiosque praiano. E ainda tem gente que entra descalça neles.
6. O gelo da caipirinha
Na boa: só beba caipirinha na praia se ela vier com aquele gelo de posto de gasolina, com um buraco no meio. Gelo triturado, de procedência obscura, é garantia de piriri ou coisa pior.
7. As ostras fresquinhas
Quiosques de praia são, logicamente, especializados em comidas marinhas. Peixes e frutos do mar são muito perecíveis. Quando manipulados sem muita higiene, o perigo vem em dobro. O caso da ostra é o mais grave: além de ser servida crua, ela já pode vir contaminada da origem. Tenho dois amigos que passaram um mês no trono por causa de ostra de um boteco de Itanhaém.