Ir ao motel para almoçar sem glúten é tara das mais perversas

Você e sua cara-metade têm até o dia 19 de maio para aproveitar o festival Chefs no Motel, de nome autoexplicativo.

São 19 motéis de SP, MG, PR, BA e DF que vão servir, por R$ 40, um menu assinado por algum chef de prestígio. Ou nem tanto.

Além dos tradicionais risotos (por que acham que risoto é afrodisíaco?) e pratos de camarão, há opções veganas, low carb e sem glúten.

No ano passado, eu fiz para o TV Folha um vídeo sobre a cozinha de um motel de São Paulo. Fiquei muito bem impressionado com o profissionalismo da equipe e a qualidade da comida.

Os motéis estão jogando o jogo. Tentam atrair clientes do jeito que podem.

O que me intriga são os consumidores. Um cardápio especial pode mesmo levar um casal para este ou aquele motel em especial?

O próprio conceito de motel é algo um tanto peculiar. Tem seus atrativos: a praticidade e a privacidade, principalmente. Atrai aqueles que, com razão, não querem ficar na fila do check-in de algum hotel. Mais do que tudo, que não querem entregar a chave do quarto duas ou três horas depois de se hospedar.

Agora, difícil entender os parques temáticos montados dentro das suítes de motel. Cascata, piscina com luzes, boate, toboágua, pedalinho.

Quem frequenta um lugar desses já chega focado numa só coisa. Para que todas essas distrações?

Na parte gastronômica, inventaram cartas de vinhos especiais e até uma seleção de charutos.

“Querida, vamos ao motel Deusa’s?”

“Deixe-me ver o cardápio, querido… não, não estou para comer massa hoje. Vamos ao Bacanal’s, que tem uma salada light de quinoa.”

É muita perversão para a minha cabeça.

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