Não dá para confiar em quem não gosta de batata frita
A bravata rodriguiana “toda unanimidade é burra” não para em pé no confronto com os fatos. Existem unanimidades absolutamente sensatas: ninguém gosta de tomar injeção, todos gostamos de beber água, o último a sair do bar vai levar prejuízo na conta. Impossível discordar.
No campo restrito da gastronomia, porém, o consenso é uma figura utópica. Que comida agrada a too mundo, sem exceção? Chocolate? Não. Há os veganos, os que não toleram algum componente do leite e aqueles que não gostam do sabor amargo do chocolate puro.
Pizza? Macarronada? Hambúrguer? Sushi? Churrasco? Sempre há quem torça o nariz com cara de nojinho.
Há esperança, todavia.
No Twitter, a estudante da FFFFFFFLCH-USP Bruna Correia expressou algo que eu sempre tive em mente, mas nunca falei porque sou lesado demais: batata frita é a comida da união universal.
Une carnívoros, veganos, vegetarianos, kosher, halal, gluten free, intolerantes à lactose e por aí vai. Os veganos podem ter algum problema com o costume ancestral belga de fritar a batata na gordura de cavalo. Nada que o diálogo não possa resolver.
Batata frita é a comida ideal (quando feita direito, claro). Tanto que, da Itália ao Japão, não há cultura que a tenha rejeitado.
Já conheci uma ou outra pessoa nesta vida que não gosta de batata frita. Elas são a exceção de toda regra. E digo mais: não consigo confiar em gente que não come batata.
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