McDonald’s e Burger King: mostrem a picanha do hambúrguer
Já disse aqui e repito: não acredito em hambúrguer de picanha.
Moer picanha para fazer hambúrguer, além de desnecessário, é algo que não se deve fazer: a peça, muito cara, fica igual a qualquer outra carne no sanduíche. Um burger de picanha tem a exata aparência de um burger de acém ou de peito de boi. Por isso, é fácil demais moer carne barata e dizer que é picanha.
Se eu não consigo identificar a picanha no hambúrguer, tampouco posso comprovar o aplique. O dono da hamburgueria XPTO pode me convidar ao seu estabelecimento e, naquele dia, moer uns quilos de picanha na minha frente.
A coisa muda quando os gigantes do fast-food entram na jogada. É uma escala monstruosa de picanha. Imagina quanta picanha deve ser necessária para abastecer todo o Brasil.
Ontem, durante o jogo do Brasil, vi pela primeira vez um comercial do McDonald’s para um sanduíche com hambúrguer de suposta picanha, bacon e aquele creme alaranjado que eles chamam de cheddar.
“Picanha das galáxias” é o slogan. Achei meio de mau gosto, assim como o visual do anúncio, mas preciso reconhecer que não sou o público-alvo.
Faço um pedido ao McDonald’s: leve-me à planta industrial que processa a picanha para seus hambúrgueres. Para ser justo, estendo o pedido ao Burger King –a rede rival do Ronald também oferece sanduíche de picanha.
Se for comprovado que as redes fizerem hambúrgueres com 100% de carne de picanha, usarei este espaço para dizer que estava enganado.
Está valendo.
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