9 mentiras da indústria de alimentos
Macarrão de palmito
Pupunha em tiras não é espaguete. Pupunha em lâminas não é lasanha. Fios de abobrinha não são macarrão. Tá ok?
Sal do Himalaia
Já desci a lenha nessa joça em outro post. Aqui, vou me limitar ao essencial: o sal não vem do Himalaia, mas de algum cafundó do Paquistão, bem longe das montanhas.
Ketchup sem conservantes
Ketchup é uma porrada de sal, açúcar e vinagre: três dos conservantes mais usados desde a aurora da civilização.
Suco sem adição de açúcar
O truque é adicionar suco de maçã concentrado, tão concentrado que se transforma em açúcar quase puro.
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Azeite trufado
Na maior parte das vezes, a “trufa” é um composto sintético nauseabundo. Leia mais aqui.
Alimentos funcionais
Tem gente que pratica o autoengano com tomate para evitar câncer e vinho para desentupir as artérias –isso para ficar somente nos dois funcionais mais atraentes da praça.
Coxinha fit
Se é coxinha, não é fit; se é fit, não é coxinha. Apenas aceitem.
Fritadeira sem óleo
Por definição, fritura é cozimento em gordura quente. As air fryers são pequenos fornos de convecção –e isso não é demérito algum.
Grana padano nacional
Aqui, o grande culpado é o varejo. “Grana padano” é uma denominação protegida pela legislação da União Europeia: apenas algumas províncias do norte da Itália podem produzir esse queijo. Isolada, a palavra “grana” se refere ao tipo de queijo duro com grânulos de sal –tais como o grana padano e o parmigiano-reggiano. Os melhores queijos nacionais usam o nome “grana”, que é mais correto do que “parmesão”. Mas o comércio e os restaurantes vendem o produto como “grana padano” –presumo que seja um misto de ignorância e malandragem.