7 truques de restaurantes para enrolar o cliente
Está tudo dentro da lei e da normalidade democrática. Mas que dá uma raivinha, dá.
Sugestão do garçom
Não me refiro aos pratos do dia, anunciados no cardápio ou em alguma tabuleta. Esses aí fazem parte da programação da operação do restaurante, que busca ordenar e simplificar os processos.
O problema é quando o cliente pede um conselho ao garçom, como se o funcionário do lugar fosse seu amigo confidente. Carne ou peixe? Lasanha ou nhoque? O que o senhor me sugere? A resposta sempre será: “O [prato sugerido] está fantástico hoje”. O que significa: “O [prato sugerido] encalhou na cozinha e pode não estão tããããão fresco assim”.
Louça grande demais
Expediente de restaurantes por quilo. Um prataço do tamanho de um campo de futebol sempre vai parecer meio vazio. E aí você vai pegando comida até ocupar os espaços em branco. No final, a dolorosa surpreende.
Louça pequena demais
Expediente do café da manhã em hotéis, onde o cliente se serve à vontade no bufê. Pratinho para a comida, copinho para o suco. A pessoa acaba comendo e bebendo menos do que se a louça fosse de tamanho normal.
(Break comercial: siga e curta a Cozinha Bruta nas redes sociais. Acompanhe os posts do Instagram, do Facebook e do Twitter.)
Pão de queijo da churrascaria rodízio
O cliente é acomodado à mesa. Os garçons com espetos estão ao seu redor, mas não param por ali. Antes deles, chegam polenta, batata, pastéis, coxinhas, bolinhos de queijo, croquetes, pão, vinagrete, farofa –e, claro, um pão de queijo delicioso, tão bom que o indivíduo come uma dúzia.
Quando a carne começa a ser servida, metade da fome já se foi.
A picanha fantasma
Ainda na churrascaria rodízio, a picanha só faz sua breve aparição depois da linguiça, do coraçãozinho, da sobrecoxa, da costelinha de porco, do cupim, da alcatra, da fraldinha e da maminha. O abnegado que guarda sua fome para a picanha leva uma canseira danada dos garçons.
Chute nas bebidas
É a prática em qualquer lugar: a margem na bebida é o que dá lucro. Os maiores vilões não são o vinho e a cerveja –por serem caros, é comum que o cliente cheque os preços antes de pedir. O ralo de dinheiro está na água, nos sucos, no refrigerante e no cafezinho. Ninguém olha o valor no cardápio antes de pedir o cafezinho.
Porções gigantes e caras
Essa é uma praga típica do Rio de Janeiro. Muitos restaurantes tradicionais daqui vendem apenas porções para duas pessoas, que servem três e custam o valor de uma porção para quatro. Não fazem meia-porção, o que dificulta o pedido do cliente solo ou de grupos de pessoas que não querem rachar os mesmos pratos. A mesa acaba por pedir comida demais, pagar uma dinheirama e entregar o marmitex com as sobras para um dos sem-teto que fazem plantão na porta do restaurante.