Margarina deveria ser banida da face da Terra
Poucos anos atrás, minha mulher precisava de banha de porco para uma receita. Fomos a um desses hipermercados populares, já que o mercado em frente à nossa casa –frequentado pela classe média-alta da zona oeste paulistana– não oferecia tão humilde alimento.
Além de não ter a tal banha, o hipermercado ostentava um paredão de gôndolas refrigeradas com todas as marcas possíveis e imagináveis de margarina. O apocalipse da boa comida.
Margarina é algo que simplesmente não deveria existir.
Surgiu numa época em que as pessoas começaram a pensar que manteiga era veneno. A ideia se entranhou na população. Lembro que minha mãe comia pão com margarina e me oferecia bolacha maisena com margarina. Nojo define.
Pelo menos uma notícia boa: a falácia foi desmascarada, a manteiga está aí com tudo e a banha até voltou ao mercado do burgo das Perdizes.
A ciência demonstrou que a margarina saudável era lenda, mas o marketing da indústria mantém os coraçõezinhos, os alfas, os ômegas e todo o lero-lero. Mais do que isso, uma parcela considerável dos consumidores se fidelizou à margarina pelo preço –muito menor do que o da manteiga de leite de vaca.
Pelo mesmo motivo, os setores de confeitaria e panificação continuam a usar margarina. Parem, pelamor. Esse negócio não presta. Margarina estraga qualquer comida. Usem óleo, usem azeite, manteiga, banha. Aposentem de vez a margarina.
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