Eu achava que já tinha visto muita barbaridade na vida. Então soube da existência de um estabelecimento chamado Clélio’s Temakiojo, que viralizou no Twitter. Seu Clélio, o dono da parada, cozinha miojo –11 sabores, ele anuncia– e o serve dentro de um cone de alga. Um temaki de miojo.

O Clélio tem um canal com cinco vídeos no Youtube, onde propagandeia suas maravilhas culinárias. Não adianta eu tentar descrever aqui, só vendo para entender.

A coisa é tão sem noção que não diz onde o restaurante fica. Pode ser um fake, uma pegadinha. Tomara que seja, para o bem de todos e felicidade geral da nação. Esperemos por notícias, já que o Clélio não está em nenhum outro lugar na internet.

Se for paródia, é maravilhosa. Caso seja verdadeiro, quero ver pessoalmente essa aberração. Pelo sotaque dos envolvidos, é no interior de São Paulo ou no Paraná.

A comida, obviamente, é um absurdo sem sentido nem razão de ser. Os atores –além do próprio Clélio, um jovem cabeludo e uma menina que parece ter uns 8 anos– não conseguem emendar duas palavras com naturalidade. Os efeitos especiais são de outro mundo. O cabeludo toca violão sem saber tocar violão. E compõe, de improviso, um jingle cuja letra é “temakiojo é de miojo”. E nada mais. Prêmio Dolly de publicidade.

Enfim, um retrato da falta de noção de um país que despreza o conhecimento, que acha que pode fazer qualquer coisa sem aprender a fazer direito. Tipo o parkour de Taubaté. Dá vergonha de ser brasileiro. Como eu sou escrotinho, casquei o bico.

Se alguém tiver o contato do Clélio, me passe por favor.

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