13 lições sobre comida que a pandemia nos ensinou
Marcos Nogueira
Tempos difíceis, sofridos, costumam no ensinar bastante. É o que está acontecendo no rearranjo social forçado pela pandemia da Covid-19. Aprendemos algumas coisas novas e, principalmente, nos damos contas de lições que já conhecíamos, mas desprezávamos. Seguem alguns dos meus aprendizados sobre comida e bebida dos meses recentes:
- Tem gente que gosta mais de ir ao bar do que da própria vida.
- Os motoboys têm valor, e muito.
- Escolher tomates é algo que ninguém deveria fazer por você. As compras feias e murchas que chegam pelo delivery são um a prova disso.
- Restaurante caro vende luxo, conforto e serviço. A comida, que parece melhor nesse contexto, se torna banal no delivery.
- Alguns restaurantes de bairro –pense em filé à parmegiana, lasanha e outros pratões assim– cobram valores completamente insensatos pela comida.
- Batata frita não nasceu para viajar na mochila de um entregador do iFood. E faz uma zona imunda quando você tenta preparar em casa. Taí uma comida feita para se comer fora.
- Ninguém precisa de wagyu, burrata e bottarga. Todo mundo quer feijão.
- Qualquer um pode cozinhar. Pode apanhar no começo, mas aprende.
- A expressão “dark kitchen” daqui a pouco vai entrar no dicionário “Aurélio”.
- Pessoas que sempre contaram com o serviço de uma empregada doméstica são capazes de lavar louça.
- As pessoas no Brasil têm uma tara inexplicável por bolo de cenoura com calda de chocolate.
- Dá pra fazer happy hour virtual. Se é tão boa quanto a presencial, eu já não me lembro.
- Ei, ei, ei, Rita Lobo é nossa rainha.
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