Da mortadela do PT à refeição completa do golpe fascista de Bolsonaro

A direita brasileira inventou, com sucesso, o apelido de “mortadela” para os manifestantes que iam à rua apoiar os governos do PT antes da deposição de Dilma Rousseff.

A lógica era a seguinte: sem ter coisa melhor a fazer, os “vermelhos” lotavam os protestos em troca de um humilde pão com mortadela. Demofobia pura e simples, mas colou muito bem.

Agora, para as manifestações golpistas deste 7 de setembro, há a suspeita de que caciques do agronegócio e até dinheiro público estejam bancando acampamento e refeições para os tios do zap e policiais milicianos que querem impor uma ditadura bolsonarista.

Não se ouve, no canto direito do tabuleiro, uma crítica ao “estímulo” alimentar para as manifestações. Uma falta moral grave nos outros é apenas método para eles. Sintomático.

Numa terra arrasada em que as pessoas deixaram de comer carne para tomar sopa de osso com arroz quebrado, é notável a evolução da mortadela petista para a refeição completa do golpe bolsonarista.

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