Os 7 erros da picanha bem passada de Bolsonaro
Na sua histórica passagem por Nova York, o presidente Jair Bolsonaro foi a uma churrascaria brasileira –para honrar sua tradição de manifestar nojinho por qualquer cultura alimentar estrangeira.
Na churrascaria, pediu picanha bem passada. Um crime churrasqueiro hediondo, mas ainda o menor dos erros cometidos na viagem de Bolsonaro aos EUA. Segue a lista de mancadas, em ordem crescente de gravidade.
- Comer picanha bem passada
Qualquer um que respeite o churrasco sabe que picanha deve ser comida malpassada ou, vá lá, ao ponto.
Não que o bem passado seja sempre um erro: algumas carnes, como a costela e o cupim, precisam cozinhar por muito tempo para ficarem macias. Já a picanha, se passa do ponto, se resseca.
- Comer picanha na churrascaria
É muito clichê e muita falta de imaginação. Há vários cortes, tanto do dianteiro quando do traseiro do boi, a se experimentar –ainda mais quando se está na gringa.
Faz sentido um americano pedir picanha, pois essa carne não é comum por lá. Mas a obsessão por picanha é coisa de brasileiro tosco. E Jair é o mais tosco dos brasileiros.
- Comer numa churrascaria brasileira nos Estados Unidos
Por falar em brasileiro tosco, isso é típico da espécie em viagens ao exterior. Não deu 12 horas em solo estrangeiros, quer churrasco. Quer arroz com feijão. Quer coxinha, pão de queijo, paçoca e chocolate ruim. Em troca de comida nacional de péssima qualidade, despreza até o banquete servido pelo imperador do Japão.
- Comer num puxadinho na calçada
Os donos da churrascaria, amigos da corriola do presidente, acionaram o jeitinho brasileiro em plena Nova York.
Como é preciso ser vacinado para ser atendido dentro do restaurante, eles montaram uma tenda na calçada –toda preta pra que ninguém importunasse os nobilíssimos clientes.
Não me parece algo regular: alguns restaurantes têm área de varanda, mas em qualquer cidade isso exige trâmites burocráticos para obter a licença. Não é algo que se decida em cinco minutos. Alô, Bill de Blasio! Multou os caras?
- Ser admitido na ONU sem vacina
Vacilo imperdoável das Nações Unidas. Como deixam o cara entrar em vacina para espalhar mentiras, propaganda tosca e perdigotos? Aliás, como as autoridades dos Estados Unidos permitiram entrar no país a pestilenta delegação brasileira?
- Ser presidente do Brasil
Ainda hoje, toda manhã acordo pistola quando me lembro de que a eleição do Jair não foi só um pesadelo.
O sujeito dá vergonha de ser brasileiro –e seus apoiadores empedernidos não ficam atrás.
O pior é que ainda há gente supostamente sensata que tenta normalizar a besta. É só olhar algumas entrevistas que dão palco pra o sujeito a esta altura do campeonato.
- Existir Bolsonaro
Todos os outros problemas têm (ou poderiam ter) solução. Este, parafraseando o próprio Jair, empaca nos três Is: é insolúvel, insuportável, irrevogável. Mas também é inegável que o mundo seria melhor sem a pessoa em questão. Ô, se ele seria!
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