Black Friday: me engana que eu gosto

Eu sei que é cilada, arapuca.

Eu sei que está tudo pela metade do dobro.

Eu sei que há uma máquina opressiva de propaganda martelando nas nossas cabeças para gastarmos compulsivamente, sem necessidade e de forma irresponsável.

Eu sei eu não tenho dinheiro para esbanjar no diabo da Black Friday.

Eu sei que nem isso interessa, pois os bancos abriram a porteira do crédito para quem estiver disposto a se endividar por uma TV grandona.

Eu sei de tudo isso, mas ainda caio nessa.

Acabei de voltar do mercado, aonde fui para comprar sabão de lavar roupa.

Levei cerveja por espetaculares R$ 3,89 a latinha. Paguei R$ 3,99 há duas semanas, mas o cartaz diz que o preço cheio é R$ 4,99.

Comprei também duas garrafas de vinho, com 60% e 70% de desconto. Não sei opinar sobre o valor original dessas garrafas, mas não parece um excelente negócio?

Não é uma maravilha?

Todo ano eu reclamo, ironizo, esperneio e caio. Cá estou eu a divulgar a bagaça de novo.

Black Friday: me engana que eu gosto.

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